O novo projecto da Praça do Comércio parece-me simplesmente disparatado. Já as palavras que se seguem, são das coisas mais sensatas que ouvi nos últimos tempos sobre a minha Lisboa:
«E será que a sombra, ou a falta dela, é um problema sério? Terá sido esta praça construída como praceta? Não é ela um local monumental, aberto ao rio, ao vento e à luz? Mas se for preciso ter sombra, por que não as árvores de alinhamento de há 100 anos? Não são elas um modo natural e não intrusivo de sombreado, impeditivo da publicidade e da ocupação abusiva da praça? Ou uma solução mais criativa (“elevando a fasquia”), com laranjeiras em grandes vasos bordejando as arcadas. E bancos? Com costas e em mármore (Pç. do Império)? Sem costas (Rossio)?
Por fim, não colhe a ideia do corredor central em piso diferenciado, perpendicular ao Arco, cruzando a estátua e prosseguindo até aos degraus do remate junto à marginal. Porque o peão não precisa que lhe indiquem por onde circular. Permita-se-lhe o gozo aleatório, sem pressas, buzinas e lixo. A contemplação. O horizonte, a luz e o vento. O registo imponente, solene, estático, contemplativo, livre aos elementos, do projecto original. Há quem gabe o arrojo do novo projecto. Contudo, cremos que arrojo é decidir sobre a praça mais monumental do país às escondidas de todos. Haja debate!»
Pelo Fórum Cidadania Lx, no Público de hoje.
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1 nomades:
pois é Rita, será Aleixa então.
:D
(«Eu quero ser emigrante como o meu tio na França.
Mas quero ser emigrante em Coimbra para puder vir dormir na minha cama.»)
bisous
ana
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