"Nascido em São Bernardo (SP) e criado em Indaiatuba (SP), Deco construiu sua história como jogador em Portugal e naturalizou-se luso. No dia 25 de junho, corre o risco de viver, na Copa do Mundo, uma situação insólita: defender a seleção portuguesa contra a brasileira, em jogo que pode valer eliminação de uma das equipes.
Em sua estréia com a camisa de Portugal, em 29 de março de 2003, Deco enfrentou justamente o Brasil. E marcou o gol da vitória por 2 a 1.
- Foi a sensação mais estranha que já tive na minha carreira - lembrou o jogador, entrevistado por Galvão Bueno para o "Esporte Espetacular".
(...)- Sou brasileiro. E não consigo ver a minha vida sem Portugal. Amo Portugal por tudo aquilo que me deram. Mas não sou português - equilibrou o jogador do Chelsea.
(...)
Ele aponta o Porto como clube mais importante em sua trajetória. Em cinco anos, ganhou uma Liga dos Campeões, uma Taça da Uefa e uma Taça de Portugal. (...)"
excerto de um artigo do Globo-Esporte.
Sempre me intriguei com estas questões de identidade. Como é que uma pessoa muda de nacionalidade (no caso do Deco), não escolhendo uma ou outra, mas ficando com as duas. Como camadas que se acumulam numa só pessoa, dando-lhe riqueza e profundidade. Ou escolhendo uma, e não outra, e ganhando uma outra consistência e coerência. A identidade é uma riqueza, um valor, uma qualidade do ser humano. A identidade é também um direito, daqueles que se alteram quando a pessoa quiser e disso sentir necessidade. E cada um deve decidir da sua.
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