«Dis-leur que tu viens d'un pays/ formé dans un poignée de main/ un pays simple comme bonjour/où les nuits chantent/pour conjurer la peur des lendemains/ va vole et dis-leur»
Ernest Pépin (Guadeloupe), «Dis-leur», Babil du Songer
«Mon pays a la forme d'un coeur/ et je l'ai parcouru comme le corps d'une amante/j'ai le mal du pays comme un chagrin d'amour»
Serge Patient (Guyane), «Le mal du pays»
A canção da semana
Posted in on 12:19 by catarina
«Clandestino» Deolinda
a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava
a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava
ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso
e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino
com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava
e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...
e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino
e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino.
Ontem ao vivo aqui em Paris. Quel régal!
a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava
a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava
ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso
e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino
com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava
e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...
e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino
e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino.
Ontem ao vivo aqui em Paris. Quel régal!
A frase da semana
Posted in on 12:17 by catarina
«Estar vivo é um milagre que não se pode querer perceber». Esta menina a levantar voo: http://oculosdesolgraduados.blogspot.com/
Coincidência?
Posted in on 10:53 by Tita XanaA PSP e a GNR estão em alerta máximo para a procissão da Nossa Senhora de Fátima, hoje e amanhã em Lisboa e Almada, revela o “Diário de Notícias”. As comemorações do cinquentenário do Cristo Rei deverão contar com a presença de 500 mil pessoas.
no Publico.
São quase 500 mil (495,8 mil) os desempregados oficialmente registados no primeiro trimestre do ano, equivalente a uma taxa de desemprego de 8,9 por cento, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
no Publico.
Le corps et l'esprit ou Le jeu de l'envers
Posted in on 11:59 by Tita Xana* para mim
** para ti, muffinha.
Disparates
Posted in on 09:11 by catarina
O novo projecto da Praça do Comércio parece-me simplesmente disparatado. Já as palavras que se seguem, são das coisas mais sensatas que ouvi nos últimos tempos sobre a minha Lisboa:
«E será que a sombra, ou a falta dela, é um problema sério? Terá sido esta praça construída como praceta? Não é ela um local monumental, aberto ao rio, ao vento e à luz? Mas se for preciso ter sombra, por que não as árvores de alinhamento de há 100 anos? Não são elas um modo natural e não intrusivo de sombreado, impeditivo da publicidade e da ocupação abusiva da praça? Ou uma solução mais criativa (“elevando a fasquia”), com laranjeiras em grandes vasos bordejando as arcadas. E bancos? Com costas e em mármore (Pç. do Império)? Sem costas (Rossio)?
Por fim, não colhe a ideia do corredor central em piso diferenciado, perpendicular ao Arco, cruzando a estátua e prosseguindo até aos degraus do remate junto à marginal. Porque o peão não precisa que lhe indiquem por onde circular. Permita-se-lhe o gozo aleatório, sem pressas, buzinas e lixo. A contemplação. O horizonte, a luz e o vento. O registo imponente, solene, estático, contemplativo, livre aos elementos, do projecto original. Há quem gabe o arrojo do novo projecto. Contudo, cremos que arrojo é decidir sobre a praça mais monumental do país às escondidas de todos. Haja debate!»
Pelo Fórum Cidadania Lx, no Público de hoje.
«E será que a sombra, ou a falta dela, é um problema sério? Terá sido esta praça construída como praceta? Não é ela um local monumental, aberto ao rio, ao vento e à luz? Mas se for preciso ter sombra, por que não as árvores de alinhamento de há 100 anos? Não são elas um modo natural e não intrusivo de sombreado, impeditivo da publicidade e da ocupação abusiva da praça? Ou uma solução mais criativa (“elevando a fasquia”), com laranjeiras em grandes vasos bordejando as arcadas. E bancos? Com costas e em mármore (Pç. do Império)? Sem costas (Rossio)?
Por fim, não colhe a ideia do corredor central em piso diferenciado, perpendicular ao Arco, cruzando a estátua e prosseguindo até aos degraus do remate junto à marginal. Porque o peão não precisa que lhe indiquem por onde circular. Permita-se-lhe o gozo aleatório, sem pressas, buzinas e lixo. A contemplação. O horizonte, a luz e o vento. O registo imponente, solene, estático, contemplativo, livre aos elementos, do projecto original. Há quem gabe o arrojo do novo projecto. Contudo, cremos que arrojo é decidir sobre a praça mais monumental do país às escondidas de todos. Haja debate!»
Pelo Fórum Cidadania Lx, no Público de hoje.
Do previsível ao improviso
Posted in on 01:30 by catarina
Véspera de feriado e o meu vizinho prepara o seu set. E eu improviso, a anestesiar os ouvidos com qualquer música que me faça sentir longe da pista de dança e a minha (re)descoberta de banda desenhada. O meu querido Sempé, das poucas e favoritas bandas desenhadas da minha infância. Devia ser menos cota e ir perguntar-lhe onde é a festa. Mas como trabalho por minha conta, com os meus horários e com uma vida muita boa, amanhã é feriado em França e eu vou bulir, 'bosser à fond', jorrar criatividade no primeiro dia fora da biblioteca. Voilà, voilà.... Quem faz o que quer só pode é estar bem.
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