Hoje escreveram-me um poema de primavera com look Outono-Inverno, no suposto dia da árvore, primavera e poesia. Não é para menos na primavera parisiense, em que cai granizo. Não deixa de ser poético e bonito. É bom de se ver pela janela, mas dói que se farta caminhar debaixo de granizo. Se calhar por isso é que o poema é para mim poema de Inverno. E dói que se farta. Para ler em local seguro e a olhar pela janela.
«Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa»
Sophia de Mello Breyner Anderson
mas foi uma outra menina quase parisiense a escrever-me e que hoje passou por cá numas horas de sol. Mas ser menina e quase parisiense é ser também um bocado granizo e saber dar sovas na vida. Não é?
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