Neuroses literárias
Posted in on 03:30 by catarina
Cada vez me parece mais lógica a definição de escrita do Lobo Antunes: «Um delírio estruturado». Se por um lado nos dá a entender que a lucidez não é suficiente, também nos esclarece o quão insuficente é a loucura. Poucos conseguiram ser loucos, destruturados e geniais. Como Pessoa, Baudelaire e Silvia Plath na poesia, Camus e Miller no romance, Eugene O'Neill no teatro e Beckett em todos os géneros. Que lamentável a literatura de neuroses que se contenta com um teatro de vómito e masturbação. Este mês tive o desprazer de ver a inglesa Sarah Kane e de ler o sueco Lars Norén. São como aqueles restaurantes obscenamente caros e fashion, onde se come mal e onde nos tratam a pontapé.
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1 nomades:
estas conversas acompanhadas de rum e café é que é!
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