Neuroses literárias

Cada vez me parece mais lógica a definição de escrita do Lobo Antunes: «Um delírio estruturado». Se por um lado nos dá a entender que a lucidez não é suficiente, também nos esclarece o quão insuficente é a loucura. Poucos conseguiram ser loucos, destruturados e geniais. Como Pessoa, Baudelaire e Silvia Plath na poesia, Camus e Miller no romance, Eugene O'Neill no teatro e Beckett em todos os géneros. Que lamentável a literatura de neuroses que se contenta com um teatro de vómito e masturbação. Este mês tive o desprazer de ver a inglesa Sarah Kane e de ler o sueco Lars Norén. São como aqueles restaurantes obscenamente caros e fashion, onde se come mal e onde nos tratam a pontapé.

1 nomades:

Anonyme a dit…
13/6/07 09:37

estas conversas acompanhadas de rum e café é que é!

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